© Tiago Fóis
EVIDÊNCIAS SUFICIENTES PARA NÃO COERÊNCIA DO MUNDO - 2014
Este trabalho apresenta um desaparecimento brusco de várias evidências, revela incoerências enquanto paradoxos, questionando-se sobre se as coisas produzem sentidos ou se produzimos sentidos a partir das coisas. Reflecte sobre contextos e os seus artifícios de fabricação e transfiguração. Um contexto é por si só um enquadramento, um quadro, uma construção cultural. Ao fazer-se arqueologia com pessoas, estas são retiradas dos seus lugares, de lá, de onde estavam, e apresentadas num outro lugar – descontextualizadas e recontextualizadas. Descrevemos um contexto, imaginamo-lo. Descrevemos alguém, construímos alguém. Evidências Suficientes para a Não Coerência do Mundo serve-se de várias histórias: do corpo e de seus monstros, da pintura retratista, do traje, do uso de cenários frente aos quais as pessoas se deixavam, em tempos, capturar, e da construção de relações sociais de poder, entre outras. É proposta uma narrativa coreográfica, não cronológica, de carácter ficcional com contornos documentais.
Colocou-se, então, a seguinte questão: “Se uma pessoa nunca se mexer e tudo mudar à sua volta será que ela mudou?”
Projecto e direcção - Márcia Lança
Criação - Ana Monteiro, Andrea Brandão, Gonçalo Antunes,
João Calixto e Márcia Lança
Performance - Ana Monteiro e Márcia Lança
Aconselhamento Luz - Pierre Willems
Direcção Técnica - Francisco Leston
Produção - VAGAR
Apoio à produção - Sérgio Parreira
Residências Artísticas - Tryangle Performing Arts Research Laboratories - Marselha, Negócio | ZDB - Lisboa, O Espaço do Tempo - Montemor-o-Novo
Co-produção - VAGAR, Negócio | ZDB e O Espaço do Tempo
Apoios - Museu Nacional do Teatro, Teatro Nacional D. Maria II e Produções Real Pelágio